Polícia fluminense usa experiência do Rock in Rio para treinar agentes que atuarão na Copa

Polícia fluminense usa experiência do Rock in Rio para treinar agentes que atuarão na Copa

A Polícia Civil do Rio de Janeiro irá utilizar o Rock in Rio e a experiencia adquirida durante o evento para treinar os agentes que atuaram durante a Copa do Mundo de 2014.Entre as principais ocorrêcias registradas durante o evento,era denúncia de falsos furtos para que assim ,de posse do registro de ocorrência,fosse possivel a entrada de graça .

Quem passou a informação foi o coordenador dos cursos da Academia de Polícia Civil do Rio ,Camilo Sales D’Ornelas.Os cursos irão preparar os agentes não só para a Copa do Mundo,mas também para a Copa das Confedereções,em 2013,e as Olimpíadas,em 2016.Ao participar de audiência pública na Subcomissão do Senado sobre a Copa no Brasil, ele disse também que há preocupação de criar uma doutrina de capacitação dos policiais para lidar com os turistas e o público em geral durante a Copa do Mundo.

“Precisamos dar ao policial uma expertise (competência, perícia) voltada para os grandes eventos, paralelamente às suas atividades rotineiras, de forma que possa atender aos visitantes que virão de todo o mundo para a Copa." Segundo D'Ornelas, o principal investimento é na capacitação do policial, por meios de cursos específicos na academia. "Podemos até investir em tecnologia, mas o principal é a capacitação, de forma que ele assimile essa doutrina, desde a ponta até o seu comandante”, acrescentou o policial, que dirige o Centro de Estudos dos Agentes Policiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Para D’Ornellas, no treinamento, os policiais devem receber informações sobre as diversas culturas dos turistas que virão ao Brasil para assistir aos jogos do Mundial. Como exemplo, ele citou os ingleses, “que costumam fazer uso do álcool, mas isso não é prejudicial, e sim uma questão de cultura. Se você proibir, pode até causar um certo desconforto. É esse conhecimento que o policial precisa ter”.

Por esse motivo, D'Ornelas disse que é importante “pensar sobre isso” com base, por exemplo, na experiência do Rock in Rio, para decidir sobre a liberação da venda de cerveja nos estádios durante a Copa, como pretende a Fifa, o que é proibido no Brasil e se tornou um dos pontos mais polêmicos do projeto de Lei Geral da Copa, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

D’Ornelas lembra que, no Rock in Rio, a cerveja era liberada e isso não prejudicou a segurança do evento, mas admite que, no futebol, é uma questão complicada, pois são duas torcidas e existe rivalidade. "Mas na Copa do Mundo deveríamos pensar um pouco melhor para que isso não seja um complicador e possa ser resolvido a contento até 2014. A bebida não é o único fator relacionado à segurança da torcida.”

Fonte:Agencia Brasil
 

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