Técnicos da SES recebem treinamento sobre leishimaniose

Técnicos da SES recebem treinamento sobre leishimaniose

Técnicos de entomologia das 18 Unidades Regionais de Saúde estão participando de um curso de atualização de conhecimentos em identificação de Díptera: Psichodidae, Phlebotominae (insetos transmissores de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). A capacitação é uma realização da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e está acontecendo na sede da Funasa (Jordoa) até sexta-feira (13).

A responsável pelo departamento de Endemias da SES, Orzinete Rodrigues Soares, disse que o curso visa estudar a diversidade e distribuição das espécies de insetos no Maranhão e ampliar os conhecimentos sobre a sua ecologia nas áreas dos pólos de produção de LTA. "Queremos subsidiar os órgãos de saúde na elaboração de estratégias para intensificação de ações de controle desses vetores", disse.

Segundo adiantou Orzinete Soares, a capacitação pretende determinar as espécies de flebotomíneos em municípios representativos de cinco das sete regiões ecológicas do Maranhão. "Pretendemos mapear os municípios com as respectivas localidades de ocorrência das espécies de flebotomíneos, para estabelecer curvas de sazonalidade para as espécies de insetos de importância médico-sanitária", acrescentou.

O treinamento será feito com aulas teóricas e práticas (captura do flebotomíneos). O Entomologista da SES, Elizaldo Costa, explicou que as armadilhas para captura dos animais serão colocadas nos ambientes intradomiciliar (dentro da casa), peridomiciliar (áreas externas) e extradomiciliar (mata). "Queremos conhecer as espécies existentes e quais os vetores que transmitem a doença", disse ele.

Os estudos serão feitos nos pólos de Governador Nunes Freire, Barreirinhas e Chapadinha; Caxias e Codó; Colinas e São Domingos do Maranhão, Barra do Corda e Senador La Rocque, Itinga e Santa Luzia.

 

LTA

A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. É transmitida ao homem pela picada das fêmeas de flebotomíneos infectadas. O SUS oferece tratamento específico e gratuito da doença, feito com uso de medicamentos à base de antimônio, repouso e uma boa alimentação.

A LTA é transmitida por animais silvestres (roedores, cão, preguiça, tamanduá, gambá, mão pelada) e peridomésticos (cão e roedores) através de vetores flebotomíneos hematófagos. 

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