Ator maranhense César Boaes é o novo diretor do Teatro Arthur Azevedo

Ator maranhense César Boaes é o novo diretor do Teatro Arthur Azevedo
Foto: reprodução.

O ator e produtor maranhense César Boaes é o novo diretor do Teatro Arthur Azevedo (TAA). Na profissão há 37 anos, César é reconhecido em todo o Brasil pelo personagem “Clarisse Milhomem”, do espetáculo “Pão com Ovo”. A nomeação do artista foi publicada no último dia 13 de agosto no Diário Oficial do Estado do Maranhão (DOEMA).

“Teatro, pra mim, é o que me deu tudo. Vivência, experiência, meus amigos. Tudo o que eu adquiri foi através do teatro, através dessa experiência, desse oficio de ser ator. O teatro Arthur Azevedo foi durante muito tempo minha segunda casa. Sou o ator contemporâneo [vivo] que mais vezes se apresentou no Teatro Arthur Azevedo. Tenho um amor, tenho um carinho por aquele espaço. Quando me veio o convite, foi a possibilidade de incrementar, de melhorar aquele espaço”, disse o ator.

César Boaes inicia os trabalhos como diretor do TAA nesta terça-feira (20).

César é pós-graduado em Gestão Cultural, Bacharel em Turismo, ator, bailarino, professor universitário, gestor e produtor cultural. Nasceu em São Luís, mudou-se para Teresina, Piauí, onde iniciou estudos de interpretação em 1987, com os teatrólogos Carlos Murtinho e Ísis Baião. Estreou nos palcos com o espetáculo “Pluft, o Fantasminha” de Maria Clara Machado. Logo em seguida integra o grupo amador “O Buraco da Fechadura” com o espetáculo “Bar-canal: O inferno em Rex Time”, coletânea de autores como Karl Valentin, Silveira Sampaio, dentre outros. Participa também da montagem de “A farsa do advogado Pathelin” do Grupo Harém de Teatro, com direção de Arimatan Martins.

De volta a São Luís, conclui a Faculdade de Turismo na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), participa de oficinas teatrais, das quais foi convidado para integrar o elenco dos espetáculos infantis, “O menino invisível” de Ray Badburry com o grupo Pedra de Toque e “O rapto das cebolinhas” interpretando mais uma vez um texto de Maria Clara Machado” com o grupo Borderô Zero, ambos sob a direção de Urias de Oliveira.

Profissionaliza-se e encabeça o elenco como um dos protagonistas das óperas populares “O sonho de Catirina”, de Chico Maranhão, e “Catirina”, de Josias Sobrinho e Papete, em ambas vivendo o personagem Pai Francisco, sob direção de Marcelo Flecha e Fernando Bicudo.

Mais tarde, inicia os estudos de ballet clássico com Antônio Gaspar e começa pesquisa de danças populares nordestinas, estreando como dançarino o espetáculo “Nordestenamente”. Excursiona com os espetáculos “Catirina” e “Nordestenamente” para Brasília no Teatro Nacional e fazendo temporada de dois meses no Rio de Janeiro no Teatro Carlos Gomes.

Desenvolve seus estudos de interpretação nas pesquisas de repertório gestual em suas performances experimentais e nos folguedos da cultura popular brasileira. Mais recentemente participa dos espetáculos “Titanic-Boulongne: a canção de Ana e Antônio” do poeta Luís Augusto Cassas, como ator e assistente de direção de Marcelo Flecha, além de interpretar o personagem Rudá na peça “Ramanda e Rudá” de Chico Pereira da Silva, peça selecionada para o Festival de Teatro de Curitiba e interpreta também o personagem Marat no espetáculo “Marat-Sade” de Peter Weis, ambos com direção de Marcelo Flecha, neste último tendo a oportunidade de contracenar com grandes nomes do teatro maranhense como Aldo Leite e Reinaldo Faray.

Foi professor por dois anos do Laboratório de Teatro do Cintra da Fundação Nice Lobão. Depois professor de teatro do curso de “Capacitação Solidária – Animadores Culturais” por dois semestres. Lecionou interpretação em duas turmas do Projeto “Viva em Cena” da Fundação Roberto Marinho no Teatro Arthur Azevedo.

No cinema participou como ator dos longas “Carlota Joaquina – Rainha do Brasil” de Carla Camurati e “O Dono do Mar”  de Odorico Mendes, “Tire Cinco Cartas” e “O Porteiro”. Além de fazer alguns comerciais publicitários para televisão.

Em 2004 ganha um texto especialmente escrito para ele de Marcelo Flecha  estreando seu solo   “Memórias de um mau-caráter” com direção de Urias de Oliveira, participando do 2° Festival Maranhense de Teatro em 2005 no Teatro Arthur Azevedo e espetáculo convidado na 3ª Semana Imperatrizense de Teatro em 2006, além de temporada na cidade de Santa Inês- MA. Nesse mesmo ano, o espetáculo também foi  apresentado no Concurso de Monólogo Ana Maria Rego em Teresina – PI. Em 2007 é selecionado para a Segunda Semana de Teatro do Maranhão no Teatro Arthur Azevedo.

Participou do espetáculo “Iaô - O caminho dos Mistérios” com criação a partir da dramaturgia do ator e atualmente está em cartaz com “O Acompanhamento” dirigido por Marcelo Flecha em um texto de Carlos Gorostiza. É membro secretário da Santa Ignorância Cia. de Artes, da qual participa dos espetáculos “O boi e o burro a caminho de Belém” de Maria Clara Machado com direção de Urias de Oliveira, e “ A morte do boi desmiolado” texto de César Teixeira e direção coletiva e “O cavalo Transparente” de Silvia Ortof.

Atualmente César está em cartaz como diretor e ator da comédia Pão com Ovo.

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