O orçamento criado neste ano para combater a pandemia de Covid-19 acumulou até 22 de setembro quase R$ 591,9 bilhões em despesas autorizadas. Desse total, R$ 411,8 bilhões (69,6%) foram pagos, calculou a Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados.
O chamado “orçamento de guerra”, aprovado pelo Congresso Nacional no começo da pandemia, possibilitou a criação do auxílio emergencial de R$ 600 destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade. Dos mais de R$ 254 bilhões, 83,8% já chegaram a esse grupo.
Outras três ações tiveram um percentual pago ainda maior do que o auxílio emergencial, segundo o relatório da consultoria, elaborado a partir de dados divulgados pelo Tesouro Nacional até a última terça-feira (22).
A isenção dada aos beneficiários da tarifa social de energia elétrica entre abril e junho, por meio da Medida Provisória 950/20, consumiu todos os R$ 900 milhões alocados pelo governo. Com a MP, as famílias não precisaram pagar a conta de luz naquele período.
O auxílio financeiro aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, no montante de quase R$ 60,2 bilhões, já foi praticamente todo transferido. A Lei Complementar 173/20 pretende compensar os entes federativos por perdas econômicas em razão da pandemia.
No caso das medidas de apoio a micro, pequenas e médias empresas, com valor autorizado de R$ 47,9 bilhões, foram pagos 89,6%. O objetivo dessas ações é prover recursos para capital de giro e quitação de salários nessas firmas, que juntas mais empregam no País.
Execução zerada
De outro lado, três ações estão com a execução ainda zerada: o auxílio às instituições de longa permanência para idosos (R$ 160 milhões) e os incrementos na saúde para atividades de Atenção Básica (R$ 43 milhões) e de Média e Alta Complexidade (R$ 23 milhões).
O levantamento deverá ser analisado agora pela comissão mista que acompanha a execução orçamentária e financeira das ações relacionadas ao novo coronavírus. Esse colegiado foi criado pelo decreto legislativo que reconheceu o estado de calamidade pública no País.
A comissão mista é formada por seis deputados e seis senadores, com igual número de suplentes. O presidente do colegiado é o senador Confúcio Moura (MDB-RO). A relatoria está a cargo do deputado Francisco Jr. (PSD-GO).
Fonte: Agência Câmara de Notícias.