A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira, dia 9, que está monitorando o surgimento de uma nova variante do coronavírus, que combina características genéticas duas outras versões do vírus: a Ômicron e a Delta. A mistura das duas variantes tem sido chamada de Deltacron.
Virologistas do Instituto Pasteur, da França, enviaram nessa terça-feira, dia 8, o sequenciamento genômico completo do vírus para o maior banco de dados internacional de Covid, confirmando as primeiras evidências concretas sobre a existência da variante combinada, que foi identificada pela primeira vez na França, em janeiro.
A diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse que a entidade está ciente dessa nova variante, já identificada em três países europeus.
"Estamos cientes disso, é uma combinação das variantes Delta e Ômicron. Foi detectada na França, na Holanda e na Dinamarca. Isso era algo esperado dado que há uma intensa circulação dessas variantes", disse durante coletiva de imprensa da OMS.
Segundo ela, em países da Europa a variante Delta continuava circulando de forma expressiva quando surgiu a variante Ômicron, o que pode explicar essa recombinação.
A epidemiologista explicou que, até o momento, não foi identificada nenhuma sequela maior da infecção pela nova variante, mas que pesquisas e estudos ainda estão em andamento.