Pandemia: desemprego afeta 1 em cada 6 jovens

Pandemia: desemprego afeta 1 em cada 6 jovens
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil.

A crise de desemprego causada pela pandemia do novo coronavírus está afetando os jovens, especialmente mulheres.

Mais de um em cada seis trabalhadores nesta faixa etária perdeu o emprego por causa das consequências econômicas da Covid-19.

Choque triplo

No relatório “Monitor OIT: Covid-19 e o mundo do trabalho, 4ª. Edição, a agência da ONU mostra como a juventude está sendo desproporcionalmente atingida pela pandemia desde fevereiro. E os que permanecem empregados tiveram uma redução de até 23% na carga horária.

A OIT afirma que a pandemia está impondo um choque triplo aos jovens. Não apenas destruindo sua subsistência, mas também suas chances de educação e treinamento. A juventude ainda enfrenta grandes obstáculos para entrar no mercado de trabalho e para se movimentar para outros postos.

No ano passado, o desemprego jovem era de 13,6%, uma taxa mais alta que a de qualquer outra faixa etária. Naquela época, havia 267 milhões de jovens fora do mercado, da educação e de treinamento em todo o mundo. Jovens de 15 a 24 anos tendem a atuar em atividades de baixo salário, como trabalhadores migrantes ou no setor informal.

Décadas

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, lembra que as mulheres estão sendo afetadas mais durante pela crise global, gerada com a pandemia. Segundo ele, o legado do novo coronavírus pode durar décadas.

No relatório, a agência pede respostas urgentes e políticas de grande escala para apoiar a juventude com programas que possam garantir treinamentos e empregos em países desenvolvidos, e programas intensivos de empregos para países de baixa e média rendas.

O documento também examina medidas para um retorno seguro ao trabalho como testagem e rastreios para evitar uma segunda onda de contágio da doença.

Tecnologias

A OIT afirma que em países com forte esquema de testagem, a média de queda na carga horária é reduzida em até 50%. Nesses casos, a tecnologia de informação reduz medidas severas de confinamento, promove a confiança pública e encoraja o consumo apoiando o emprego.

A agência da ONU lembra que a testagem e o rastreio também vão criar novos postos de trabalhos temporários, o que pode acolher jovens e outros grupos prioritários.

O relatório pede medidas imediatas e urgentes para apoiar os trabalhadores e as empresas com base em quatro pilares da OIT: estímulo da economia e do emprego, apoio às empresas, postos e renda; proteção de trabalhadores no local de trabalho e dependência do diálogo social para encontrar soluções.

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