No terceiro trimestre de 2024, a indústria maranhense apresentou um crescimento superior aos índices do Nordeste e do Brasil. Em agosto, a produção industrial do Maranhão cresceu 2,1% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, quase igualando o índice nacional, que foi de 2,2%, mas ficando abaixo do crescimento de 4,5% registrado no Nordeste. No acumulado de janeiro a agosto, o desempenho do Maranhão foi de 3,6%, superando tanto o índice do Nordeste, de 1,2%, quanto o nacional, de 3,0%. Os dados fazem parte da Análise Conjuntural Trimestral da Indústria, produzida pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA).
Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de bebidas e metalurgia, que mostraram incrementos significativos. Em contraste, a indústria extrativa do estado enfrentou desafios, com uma queda de 11,0% no acumulado do ano, apesar de um aumento expressivo de 14,7% em agosto. Esses resultados refletem a resiliência e a capacidade de recuperação da indústria maranhense, que se coloca entre as 11 unidades federativas com maior taxa de crescimento no período analisado.
Além dos setores de bebidas e metalurgia, outros segmentos também contribuíram positivamente para o desempenho industrial do Maranhão. As indústrias de celulose, papel e produtos de papel registraram um crescimento de 6,2% no acumulado do ano, enquanto os produtos de minerais não-metálicos apresentaram um aumento de 3,1%. Esses setores representam mais de 80% do Valor da Transformação Industrial (VTI) da indústria de transformação e extrativa do estado, destacando-se como pilares fundamentais para o crescimento econômico local.
Apesar de alguns desafios enfrentados por setores específicos, como o de produtos alimentícios, que tiveram uma queda de 6,9% em agosto, o panorama geral da indústria maranhense é positivo. O estado conseguiu se destacar em um cenário nacional onde seis unidades federativas apresentaram desempenho industrial negativo, incluindo o Rio Grande do Norte, que teve uma contração significativa de 22,6%. Nessa lista constam ainda estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.
As informações sobre o desempenho da indústria maranhense fazem parte da Análise Conjuntural Trimestral da Indústria elaborada pela FIEMA. A principal fonte para essa avaliação é a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o propósito de acompanhar a evolução de curto prazo do Valor Adicionado da indústria extrativa mineral e da indústria de transformação.
Mais informações na reportagem de Darcy Bezerra, para a TV Cidade | RECORD.
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