Após 3 meses de quedas consecutivas em maio, junho e julho, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de São Luís apresentou variação mensal positiva de +3,3% em agosto.
Esse é o resultado que mostra o levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o indicador ainda apresenta uma desaceleração de -46,3%, refletindo os impactos da pandemia sobre o otimismo do consumidor local.
Dos 7 subcomponentes que formam o índice, 6 apresentaram recuperação na comparação mensal, com destaque para a avaliação do consumidor quanto à sua perspectiva profissional que cresceu +9,7% na passagem de julho para agosto. Esse resultado é influenciado pelo momento de reativação do mercado de trabalho no Maranhão.
De acordo com o Caged, somente no mês de julho o estado apresentou saldo de +4.919 novos postos de trabalho, sendo o 2º mês consecutivo de saldo positivo, já que em junho o Maranhão também registrou a criação de +3.862 novas vagas formais. Isso atenuou o tombo da extinção de -9.195 empregos nos meses de março, abril e maio, período de maior impacto da pandemia sobre a economia.
Saiba mais na reportagem de Rafaela Moreira:
Trajetória
Apesar da inclinação mensal positiva na confiança do consumidor, o índice de intenção de consumo do mês de agosto ainda está situado na zona de pessimismo, marcando 49,3 pontos em uma escala que vai de 0 a 200 pontos. Dessa forma, a pesquisa aponta que essa trajetória de retomada da confiança do consumidor tenderá a ser longa até ultrapassar a barreira da indiferença aos 100 pontos e estar situada na zona de otimismo.
“Já começamos a atenuar os efeitos da pandemia sobre a economia. Se considerarmos os meses de março a julho, momento de maior incidência da pandemia, o saldo de empregos no Maranhão é de apenas 414 postos de trabalho formais eliminados. O desafio, agora, é atenuar os efeitos sobre o mercado informal, já que parte considerável da força de trabalho maranhense é formada por autônomos, informais, ambulantes e outros tipos de ocupação que estão fora dos postos de trabalho com carteira assinada”, avalia o presidente da Fecomércio, José Arteiro da Silva.
Em termos absolutos, os indicadores com pior resultado no índice de agosto são as avaliações do consumidor sobre o momento para aquisição de bens duráveis (25,1 pontos), sobre o nível de consumo atual (29,1 pontos) e sobre sua renda (43,9 pontos), subcomponentes que estão abaixo da média geral do ICF para o mês de agosto em São Luís.
Metodologia
A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.
Trata-se de um indicador antecedente do consumo, a partir do ponto de vista dos consumidores, tornando-o uma ferramenta poderosa para a própria política econômica, para as atividades produtivas, para consultorias e instituições financeiras.
Informações Fecomércio-MA