O Índice de Preços dos Alimentos em dezembro foi de 107.5 pontos ou 2,2% mais caro que o valor da cesta básica em novembro.
A informação é da Organização da ONU para Alimentação e Agricultura, FAO. Dezembro registrou a sétima alta consecutiva de preço, puxada pelos derivados do leite e oleaginosas.
Américas do Sul e do Norte
Em 2020, o índice que analisa a variação de preços a cada mês, no mercado internacional, chegou a 97.9 pontos, um aumento de 3,1% desde a alta de 2019.
No mês passado, os preços de exportação de arroz, milho, trigo e sorgo subiram, em parte por causa das preocupações com as estimativas de colheitas nas Américas do Norte e do Sul assim como na Rússia.
Na média anual, as exportações de arroz ficaram 8,6% mais caras em 2020 que no ano anterior. Já o milho e o trigo subiram 7,6% e 5,6%, respectivamente.
O preço do óleo aumentou 4,7% no mês passado atingindo o mais alto nível desde setembro de 2012.
Carne
O óleo de soja sofreu com greves prolongadas na Argentina. Com isso, o índice disparou para 19,1%.
Os derivados de leite subiram 3,2% no mês passado com a sétima alta consecutiva. A demanda de importação global levou a preocupações sobre condições mais secas e quentes na produção de leite da Oceania assim como a demanda interna na Europa Ocidental. Mas a média anual é de 1% de aumento se comparado a 2019.
A carne também ficou mais cara 1,7% em dezembro. As aves tiveram um aumento de importação especialmente do Oriente Médio com aumento nas vendas domésticas em países produtores chave. Os surtos de gripe aviária na Europa provocaram um efeito adverso.
Brasil e Índia
Já o valor cobrado pela carne de porco teve leve queda por causa da suspensão das exportações alemãs para os mercados asiáticos devido aos surtos de febre suína africana.
Uma outra queda no índice de preço dos alimentos ocorreu com o açúcar que baixou 0,6% em dezembro.
Na média anual, houve um aumento de 1,1% em comparação com 2019 após uma grande alta de importações pela China e o aumento da demanda por açúcar refinado da indústria alimentar da Indonésia, ainda que a pressão de alta tenha sido contida pelas melhoras na produção de açúcar no Brasil e na Índia.
Fonte: ONU News.