Na próxima terça-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, lançará uma plataforma para compartilhamento aberto de conhecimentos, dados e propriedade intelectual sobre ferramentas de combate à Covid-19.
O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, acompanhado pelo presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada, e o presidente do Chile, Sebastián Piñera.
Avanços
O chefe da OMS disse que “pesquisadores estão trabalhando a uma velocidade vertiginosa” para desenvolver vacinas, medicamentos e outras tecnologias. Apesar disso, essas ferramentas “não acabarão com a pandemia se não existir acesso equitativo.”
Segundo Tedros, “agora é o momento de os líderes se unirem para desenvolver uma nova política e ferramenta de acesso global, que transformará em realidade as boas intenções das últimas semanas.”
Na próxima segunda-feira, começa a Assembleia Mundial da Saúde, que Tedros descreveu como “uma das mais importantes da história” da organização fundada em 1948.
O chefe da agência disse que a pandemia de Covid-19 mostrou que “não existe compromisso entre investir em saúde e economia.” Segundo ele, “financiar saúde de qualidade para todos, não salva apenas vidas, significa que as crianças podem ir à escola, as pessoas podem trabalhar e as sociedades e as economias são mais fortes e mais sustentáveis.”
Crianças
Esta sexta-feira, a OMS também lançou um Resumo Científico sobre Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Crianças.
Nas últimas semanas, especialistas da Europa e da América do Norte descreveram a situação de crianças internadas em unidades de cuidados intensivos. Relatos iniciais levantam a hipótese de a condição estar relacionada com a Covid-19.
Tedros disse que é “fundamental caracterizar urgentemente e cuidadosamente essa síndrome clínica, entender a causalidade e descrever as intervenções de tratamento.”
Usando sua rede global, a OMS desenvolveu uma definição preliminar do caso. Agora, a agência pede a todos os médicos do mundo que trabalhem com suas autoridades nacionais para entender melhor a síndrome.
Fonte: ONU News.