100 dias depois de ter sido descoberto o novo coronavírus, a cidade chinesa de Wuhan, onde a covid-19 foi identificada pela primeira vez, começou a reduzir as medidas de restrição de movimentos da sua população.
A partir desta quarta-feira, os moradores podem sair da cidade e outras pessoas podem entrar. Mas outras medidas de isolamento social continuam ativas devido ao número de pessoas que não apresentam sintomas, mas estão infetadas com o vírus.
Proteção
Até esta quarta-feira, o vírus já tinha infetado cerca de 1,3 milhão de pessoas em mais de 200 países e territórios. Cerca de 74,3 mil pessoas tinham perdido a vida em todo o mundo.
Falando a jornalistas, em Genebra, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que continua preocupado com a falta de equipamentos de proteção médicos.
A agência publicou novas orientações sobre o uso de máscaras médicas pela população em geral, mas Ghebreyesus avisou que este recurso apenas é eficaz com um pacote complete de intervenções.
Dede o início do surto, a OMS já enviou mais de 900 mil máscaras cirúrgicas, 62 mil máscaras N95, 1 milhão de luvas, 115 batas médicas, 17 mil óculos de proteção e 34 mil proteções faciais para 133 países. A agência também enviou kits de testes para 126 países.
África
África vê aumentar o número de casos confirmados para mais de 10 mil. O número de mortes chegou a mais de 500. Enquanto o vírus demorou a chegar ao continente, a infecção está crescendo exponencialmente nas últimas semanas.
O primeiro caso da covid-19 da África foi registrado no Egito em 14 de fevereiro. Desde então, 52 países notificaram casos. Inicialmente, o vírus estava apenas nas capitais, mas um número significativo de países está agora relatando casos em várias províncias.
A diretora regional para a África da OMS, Matshidiso Moeti, disse que “a covid-19 pode provocar milhares de mortes, mas também causar devastação econômica e social.” Para ela, “a expansão para além das grandes cidades significa a abertura de uma nova frente na luta contra o vírus.”
Ásia
A nova pandemia também está tendo consequências econômicas e sociais na região da Ásia-Pacífico, informou esta quarta-feira a Comissão Económica e Social para a Ásia e o Pacífico, Escap.
Um novo relatório sublinha que a crise representa um “risco imediato para as perspectivas econômicas da região, aprofundando a desaceleração econômica que já estava em andamento.” A pesquisa destaca “incertezas significativas” sobre as consequências da pandemia, mas considera “provável que os impactos negativos sejam substanciais.”
A Escap aconselha que, em seus programas de estímulo econômico, os países em desenvolvimento da Ásia-Pacífico devem aumentar os gastos em saúde em US$ 880 milhões por ano. A pesquisa também pede que seja criado um fundo regional para responder a futuras emergências de saúde.
Fonte: ONU News.