A Agência Internacional para Prevenção da Cegueira, a Universidade de Newcastle e a Organização Mundial da Saúde, OMS, lançaram um alerta sobre a situação de fumantes e de pessoas que sofrem de catarata.
O estudo, assinado pelas três entidades, revela que fumantes têm 5,5 vezes mais chances de desenvolver degeneração macular associada à idade do que pessoas que não fumam.
Perda de visão desnecessária
A doença embaça a visão central dificultando tarefas cotidianas como ler ou dirigir. O alerta ocorre também para as pessoas que vivem com fumantes e são submetidas ao fumo passivo. Neste caso, existe o dobro de chance de ter a degeneração macular.
O fumo também aumenta o risco de doenças oftálmicas sérias e até da perda permanente de visão. O diretor do Gerenciamento de Conhecimento da Agência Internacional, Jude Stern, afirma que parar de fumar e fazer um exame de vista regular pode ajudar a melhorar a saúde dos olhos e evitar a perda de visão desnecessária.
Uma outra novidade do estudo é que o tabaco aumenta o risco de desenvolver catarata. E uma vez que isso ocorre, o paciente tem de remover a catarata por meio de cirurgia para restaurar a visão danificada.
Radicais livres e danos ao DNA
Cerca de 94 milhões de pessoas em todo o mundo têm a visão para longe com impedimento moderados ou severos ou já estão cegas por causa de uma catarata que não foi corretamente tratada.
O estudo lembra que cigarros eletrônicos com sabores podem aumentar a produção de radicais livres, que danificam o DNA, e podem levar à catarata. O uso dos cigarros eletrônicos também pode reduzir a circulação do sangue para os olhos, alterando a função da retina e levando a um aumento do risco de se desenvolver câncer.
A OMS pede a todos que não usem tabaco ou cigarros eletrônicos para proteger a saúde como um todo incluindo a saúde dos olhos.
O estudo “O Direito à Visão: uma análise para o fardo global da doença” examina ainda as causas da cegueira, impedimentos à visão e tendências nos últimos 30 anos, além da prevalência de casos evitáveis de cegueira.
Com ONU News.