O número total de casos confirmados de covid-19 já passou 1 milhão no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS. A atualização apresentada esta sexta-feira aponta para mais de 53 mil mortes em 206 países em territórios.
O diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, disse que a curto prazo, os países podem aliviar o fardo de suas populações por meio de programas de assistência social para garantir que as pessoas tenham comida e outros itens essenciais da vida.
Cooperação
Ghebreyesus reiterou que para algumas nações, o alívio da dívida é essencial para permitir cuidar das populações e evitar o colapso econômico. Ele disse que essa é uma área de cooperação entre a OMS, o Fundo Monetário Internacional, FMI, e o Banco Mundial.
Na sessão, a diretora-geral do FMI, Kristalina Gueorguieva, revelou que a crise da covid-19 não tem precedentes e que a economia global esta em recessão pior que a crise financeira global de 2008. Cerca de 90 países já pediram fundos de emergência da instituição, algo que também nunca ocorreu antes.
No evento, Tedros Ghebreyesus disse que a melhor maneira de os países acabarem com as atuais restrições e aliviarem seus efeitos econômicos é atacar o coronavírus.
Ele lembrou as medidas já recomendadas como identificar, testar, isolar e tratar todos os casos, além de se rastrear todas as pessoas que tiveram contato com infectados.
Restrições
O chefe da OMS destacou que se os países se apressarem em suspender as restrições, o coronavírus poderá ressurgir e o impacto econômico poderá ser mais grave e prolongado.
O diretor-geral da OMS disse que o financiamento da resposta à saúde é um investimento essencial, não apenas para salvar vidas, mas para a recuperação social e econômica a longo prazo.
Ele fez três recomendações aos países. A primeira é garantir que as principais medidas de saúde pública sejam totalmente financiadas, incluindo procura de casos, testes, rastreamento de contatos, coleta de dados e campanhas de comunicação e informação.
A segunda recomendação é que países e parceiros reforcem as bases dos sistemas de saúde, garantindo que os trabalhadores do setor recebam seus salários e que as unidades de saúde tenham fundos para comprar suprimentos médicos essenciais.
O terceiro, e último, apelo é que todos os países removam as barreiras financeiras aos cuidados, como permitir o acesso daqueles que não podem pagar. Caso contrário, “o controle da pandemia será mais difícil e o risco será maior para a sociedade”.
Pólio
O chefe da OMS apontou que o combate à pólio tem sido afetado pela resposta à covid-19. Para reduzir o risco de ressurgimento da doença, a OMS apoia os países na manutenção da imunização para esta e outras doenças evitáveis por vacinas.
Ghebreyesus pediu ainda um aumento de serviços para conter violência doméstica. Ele defende que esta questão deve ser tratada como essencial durante ações de combate à pandemia, porque exitem relatos de agravemento deste tipo de violência, sendo as mulheres em relações abusivas as que estão em maior risco.
Fonte: ONU News.