A Organização Mundial da Saúde, OMS, realizará um Fórum Global de Pesquisa e Inovação para mobilizar ações internacionais em resposta ao novo coronavírus, o 2019-nCoV.
O evento está marcado para 11 a 12 de fevereiro, em Genebra. A organização será feita em colaboração com a Colaboração para Pesquisa Global para Preparação de Doenças Infecciosas.
Ciência
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que “aproveitar o poder da ciência é fundamental para controlar esse surto.”
Ele acrescentou que existem perguntas para as quais são necessárias respostas e ferramentas que precisam ser desenvolvidas o mais rapidamente possível.
Até a manhã desta quinta-feira, já haviam sido confirmados 28.060 casos da doença na China, com 564 mortes. Fora da China, foram registrados 225 casos, em 24 países.
Informações
Tedros disse que "é difícil acreditar que, há apenas dois meses, o vírus 2019nCoV era desconhecido” por todos, e que muito foi aprendido com a nova cepa. Ele informou que o DNA do vírus já foi desvendado e que o mesmo pode ser transmitido de pessoa para pessoa. O chefe da OMS lembrou que pessoas mais velhas e com condições de saúde subjacentes são as que correm o maior risco.
O diretor-geral da agência contou que, ao mesmo tempo, ainda existem muitas informações desconhecidas. Entre elas, a origem do surto, qual é o seu reservatório natural e dados completos sobre sua transmissibilidade ou gravidade.
Segundo Tedros, para derrotar o coronavírus, são necessárias “respostas para todas essas perguntas."
Fórum
De acordo com a agência da ONU, o Fórum reunirá cientistas, agências de saúde pública, ministros da Saúde e responsáveis e financiadores de pesquisas, desenvolvimento de vacinas, terapias e diagnósticos.
Tedros destacou que “a OMS está desempenhando um importante papel de coordenação ao reunir a comunidade científica para identificar prioridades de pesquisa e acelerar o progresso.”
Pesquisa
Os participantes discutirão várias áreas incluindo a identificação da fonte do vírus e o compartilhamento de amostras biológicas e sequências genéticas.
Os especialistas se basearão nas pesquisas existentes sobre o Sars e Mers e identificarão lacunas de conhecimento e prioridades. A meta é acelerar o processo envolvendo informações científicas e produtos médicos necessários para minimizar o impacto do surto de 2019-nCoV.
Espera-se que a reunião leve a uma agenda de pesquisa global para o novo coronavírus, estabelecendo prioridades e estruturas que possam orientar quais projetos devem ser realizados primeiro.
Isso também acelerará o desenvolvimento e a avaliação de testes eficazes de diagnósticos, vacinas e medicamentos, estabelecendo mecanismos com preços acessíveis para as populações vulneráveis e facilitando o envolvimento das comunidades.
Unaids
Já o Programa Conjunto sobre HIV/Aids, Unaids, está trabalhando com parceiros e autoridades da China para garantir que as pessoas que vivem com HIV continuem tendo acesso a serviços essenciais de saúde.
A agência alerta que nas áreas afetadas pelo surto de 2019-nCoV, o movimento pode ser restrito e o acesso a serviços limitados, pois os hospitais se concentram em apoiar um número crescente de pacientes com a nova cepa de coronavírus.
O Unaids afirma que é particularmente importante que as pessoas que vivem com HIV e outras doenças crônicas tenham acesso a suprimentos adequados de medicamentos, para que possa continuar o tratamento e permanecer saudáveis.
Em nota, a agência elogiou o Centro Nacional Chinês para Controle e Prevenção de Aids / DST por tomar medidas rápidas para garantir que as pessoas com HIV que estão fora de suas cidades, durante esse período de bloqueio, possam obter suas doses mensais de terapia antirretroviral.
Com ONU News.