Na nova atualização sobre o covid-19, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, lembrou que, tal como ocorreu com várias pandemias e crises, o novo coronavírus será ultrapassado. Para Tedros Ghebreyesus, “a questão é qual o preço” a ser pago nesse processo.
A agência anunciou que até esta quarta-feira pelo menos 413.467 casos foram confirmados e 18.433 pessoas morreram devido à doença em 196 países e territórios.
Decisões
Em Genebra, o chefe da OMS destacou que já se sabe que mais vidas serão perdidas, mas sugeriu decisões e ações a serem tomadas para conter o problema.
Para ele, medidas para conter o vírus como pedir que pessoas fiquem em casa e interromper seu movimento ajudam a ganhar tempo e baixar a pressão nos sistemas de saúde. Apesar disso, Ghebreyesus destacou que por si só estas “não extinguirão epidemias”.
O chefe da OMS explicou que a meta é permitir maior precisão e foco para interromper a transmissão e salvar vidas, e apelou aos países que adotaram as medidas de "bloqueio" para atacar o novo coronavírus durante esse tempo.
A primeira sugestão é expandir, treinar e implementar trabalhadores da saúde e saúde pública. Para Ghebreyesus, esses sistemas devem “encontrar todos os casos suspeitos”, além de aumentar a produção, a capacidade e a disponibilidade de testes.
Controle
Outra proposta é melhorar locais de tratamento e isolamento de pacientes e a quarentena das pessoas que estiveram em contato com doentes. Tedros pediu ainda um novo foco dos governos na supressão e no controle de casos.
Para ele, essas medidas são a melhor maneira de acabar e interromper a transmissão, para que no fim das restrições o coronavírus não volte a surgir.
Em nota separada, a alta comissária da ONU para direitos humanos pediu às autoridades e instalações de detenção que protejam prisioneiros como parte dos esforços gerais para conter a pandemia de Covid-19.
Para Michelle Bachelet, o novo coronavírus começou a atacar prisões e centros de detenção de imigração, bem como casas de repouso e hospitais psiquiátricos, aumentando o risco de se espalhar entre populações extremamente vulneráveis.
Perigo
Bachelet destacou que em muitos países, as instalações de detenção estão superlotadas, e em alguns casos de forma perigosa.
A chefe de Direitos Humanos lembrou que, em geral, as pessoas ficam em condições não higiênicas sob serviços de saúde inadequados ou até inexistentes. Nesses casos, ela destaca que o distanciamento físico e auto-isolamento são praticamente impossíveis.
Bachelet lembrou que os governos estão enfrentando enormes demandas nesta crise e tomando decisões difíceis. Mas afirmou que negligenciar grupos em instalações de saúde mental, asilos e orfanatos pode ter consequências “potencialmente catastróficas.”
Com ONU News.