OMS: Covid-19 chega a 196 países

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Foto: ONU/Loey Felipe.

Na nova atualização sobre o covid-19, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, lembrou que, tal como ocorreu com várias pandemias e crises, o novo coronavírus será ultrapassado. Para Tedros Ghebreyesus, “a questão é qual o preço” a ser pago nesse processo.

A agência anunciou que até esta quarta-feira pelo menos 413.467 casos foram confirmados e 18.433 pessoas morreram devido à doença em 196 países e territórios.

Decisões

Em Genebra, o chefe da OMS destacou que já se sabe que mais vidas serão perdidas, mas sugeriu decisões e ações a serem tomadas para conter o problema.

Para ele, medidas para conter o vírus como pedir que pessoas fiquem em casa e interromper seu movimento ajudam a ganhar tempo e baixar a pressão nos sistemas de saúde. Apesar disso, Ghebreyesus destacou que por si só estas “não extinguirão epidemias”.

O chefe da OMS explicou que a meta é permitir maior precisão e foco para interromper a transmissão e salvar vidas, e apelou aos países que adotaram as medidas de "bloqueio" para atacar o novo coronavírus durante esse tempo.

A primeira sugestão é expandir, treinar e implementar trabalhadores da saúde e saúde pública. Para Ghebreyesus, esses sistemas devem “encontrar todos os casos suspeitos”, além de aumentar a produção, a capacidade e a disponibilidade de testes.

Controle

Outra proposta é melhorar locais de tratamento e isolamento de pacientes e a quarentena das pessoas que estiveram em contato com doentes. Tedros pediu ainda um novo foco dos governos na supressão e no controle de casos.

Para ele, essas medidas são a melhor maneira de acabar e interromper a transmissão, para que no fim das restrições o coronavírus não volte a surgir. 

Em nota separada, a alta comissária da ONU para direitos humanos pediu às autoridades e instalações de detenção que protejam prisioneiros como parte dos esforços gerais para conter a pandemia de Covid-19.

Para Michelle Bachelet, o novo coronavírus começou a atacar prisões e centros de detenção de imigração, bem como casas de repouso e hospitais psiquiátricos, aumentando o risco de se espalhar entre populações extremamente vulneráveis.

Perigo 

Bachelet destacou que em muitos países, as instalações de detenção estão superlotadas, e em alguns casos de forma perigosa.

A chefe de Direitos Humanos lembrou que, em geral, as pessoas ficam em condições não higiênicas sob serviços de saúde inadequados ou até inexistentes. Nesses casos, ela destaca que o distanciamento físico e auto-isolamento são praticamente impossíveis.

Bachelet lembrou que os governos estão enfrentando enormes demandas nesta crise e tomando decisões difíceis. Mas afirmou que negligenciar grupos em instalações de saúde mental, asilos e orfanatos pode ter consequências “potencialmente catastróficas.”

Com ONU News.

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