O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, Tedros Ghebreyesus, se encontrou nesta terça-feira com o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim.
Eles compartilharam as informações mais recentes sobre o surto da nova cepa do coronavírus, o 2019-nCoV, e reiteraram seu compromisso de controlá-lo.
Medidas
Ghebreyesus, que já deixou o país, estava acompanhado do diretor regional da OMS, Takeshi Kasai, e do diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan. Ele também se encontrou com o conselheiro de estado e ministro de Relações Exteriores, Wang Yi, e o ministro da Saúde, Ma Xiaowei.
A Comissão Nacional de Saúde do país apresentou ao chefe da OMS as fortes capacidades e recursos de saúde pública da China para responder e gerenciar surtos de doenças respiratórias. As discussões se concentraram na colaboração contínua sobre medidas de contenção adotas em Wuhan, a primeira cidade onde o vírus foi detectado.
Estudos
Também foram abordas as medidas de saúde pública em outras cidades e províncias, com a realização de estudos adicionais sobre a gravidade e transmissibilidade do vírus, compartilhamento de dados e de material biológico com a OMS.
Segundo a agência da ONU, essas medidas promoverão a compreensão científica do vírus e contribuirão para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos.
Casos
Dados da OMS indicam que, até 28 de janeiro, o número confirmado de pessoas infectadas pelo vírus aumentou para mais de 4,5 mil no mundo, com 106 mortes.
Fora da China, existem 45 casos confirmados em 13 países. O continente africano ainda não teve nenhuma ocorrência registrada.
A agência aponta que a taxa de mortalidade ainda é baixa, mas que é preciso levar em consideração o período de incubação de até 14 dias.
No momento, a avaliação de risco da OMS do vírus a níveis global e regional é alta, e para a China é muito alta. A agência informou que ainda não está claro o quão altamente sintomática uma pessoa precisa estar para transmitir o vírus e que este pode viver em superfícies, mas não por muito tempo.
Reuniões
Durante os encontros, foi concordado que a OMS enviará especialistas internacionais para visitar a China o mais rápido possível.
Ghebreyesus afirmou que "interromper a propagação deste vírus na China e no mundo é a maior prioridade da OMS." Ele agradeceu “a seriedade com que a China está enfrentando esse surto, especialmente o compromisso da alta liderança e a transparência que demonstraram, incluindo o compartilhamento de dados e a sequência genética do vírus.”
Vírus
De acordo com a agência da ONU, ainda há muito a se aprender sobre o 2019-nCoV. A fonte do surto e a extensão em que ele se espalhou na China ainda são desconhecidas.
A OMS aponta que a maioria dos casos relatados até o momento foi mais branda, com cerca de 20% dos infectados experimentando doenças graves. Tanto a OMS quanto a China observaram que o número de casos relatados, incluindo aqueles fora da China, é profundamente preocupante e que é preciso urgentemente ter um melhor entendimento da transmissibilidade e gravidade do vírus para orientar outros países em medidas de resposta apropriadas.
A OMS continua a monitorar a situação e o diretor-geral da OMS pode reconvocar a Comissão de Emergência sobre o tema.
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Com ONU News.