OMS: existe “ameaça muito real” de pandemia do novo coronavírus

homem fala ao microfone
Foto: ONU/ Elma Okic.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou que existe agora uma ameaça bastante real de que o surto da nova cepa do coronavírus se torne uma pandemia.

No briefing diário a jornalistas, em Genebra, o diretor-geral Tedros Ghebreyesus destacou, no entanto, que o covid-19 ainda pode ser controlado.

Atualização

Para o chefe da OMS, mesmo que seja declarado uma pandemia, a situação ainda poderá ser “contida e controlada”.

Na atualização desta segunda-feira, o número global de casos confirmados é de 109.578 em 104 países. Um total de 3.809 pessoas perderam a vida. Desses óbitos, 3.123 ocorreram na China.

Dos países que registraram casos até agora, 93% de pacientes estão concentrados em apenas quatro: China, Coreia do Sul, Itália e Irã. Pelo menos 79 Estados tiveram menos de 100 pacientes cada um, e mais da metade registrou menos de 10 infeções.

O chefe do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, explicou que pandemia é uma situação em que “toda a população mundial provavelmente estaria exposta a essa infeção, e potencialmente uma proporção delas adoeceria”.

Em relação ao covid-19, a OMS declarou o nível máximo de alerta global: o de alto risco.

Controle

A China, que notificou os primeiros casos da doença, no final de dezembro, teve mais de 80.904 casos desde o início do surto. De acordo com o chefe da OMS, aparentemente, o país está controlando a epidemia.

A agência observou que mais de 70% das pessoas infectadas já se recuperaram e receberam alta.

O médico da OMS, Michael Ryan, destacou que ao contrário de uma gripe que se espalha muito mais facilmente, é possível retardar a propagação do covid-19.

A expectativa é que as medidas drásticas adotadas pela Itália ajudem a controlar o vírus e permitam que os países menos afetados tenham mais tempo para se preparar para uma disseminação mais ampla. Até a semana passada, o nível de letalidade da doença era de 3,4% para todos os infectados.

Idosos 

O chefe da ONU explicou que pessoalmente não estava preocupado em relação ao termo pandemia, mas com a reação do mundo à palavra.

Tedros criticou ainda as opiniões sugerindo que simplesmente se deixe o vírus seguir seu rumo natural. Ele apontou que essa opção seria “bastante fatal”, especialmente para os idosos e mais fragilizados.

Quase US$ 300 milhões já foram prometidos ao Plano Estratégico de Preparação e Resposta da OMS. 

O diretor-geral da OMS disse que os sinais de solidariedade global “são encorajadores” e a agência continua pedindo a todos os países que tomem medidas agressivas para proteger as populações e salvar vidas.

Com ONU News.

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