Usos de tabaco e álcool confirmados como causas do câncer na boca

Usos de tabaco e álcool confirmados como causas do câncer na boca
Foto: reprodução/ONU News.

Especialistas globais endossaram as avaliações da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, Iarc, sobre estratégias de prevenção do câncer bucal em todo o mundo. A agência faz parte da Organização Mundial da Saúde, OMS.

Um relatório apresentado esta quarta-feira, em Genebra, aponta o tabagismo e o consumo de álcool como os principais fatores na maioria dos países.

Mortalidade

O tabaco sem fumaça e a mastigação de produtos de noz de areca também estão entre as principais causas de câncer oral em várias nações, especialmente no sul e sudeste da Ásia.

Coautora do relatório, a cientista Béatrice Lauby-Secretan disse que esta é a primeira vez em que foi feita uma avaliação sobre a prevenção primária e secundária do câncer bucal. A especialista é também vice-chefe do Ramo de Síntese e Classificação de Evidências do Iarc.

Uma das principais recomendações é que haja uma triagem de populações de alto risco por exame clínico oral. A meta é reduzir a mortalidade pela doença cancerígena, que ocupa o 16º lugar em termos de incidência e mortalidade.

Uma estimativa de 2020 revela que grande parte das vítimas do câncer de lábio e da cavidade oral foram homens vivendo, na maior parte, em regiões apontadas e no Pacífico Ocidental.

Estratégias de prevenção

A análise identifica o consumo do tabaco, com e sem fumaça, e de álcool como os fatores de risco para o câncer bucal.

Aumentar a sensibilização para o abandono dessas práticas ajudaria a prevenir a incidência da doença e a diminuir o risco de distúrbios orais que podem ser malignos.

Já deixar de fumar, reduziria o risco de câncer bucal em pessoas que continuam bebendo álcool.

O Iarc aponta que, “dessa mesma forma, os benefícios de parar de usar os produtos de noz de areca com ou sem tabaco foram estabelecidos”.

O grupo de cientistas pede que sejam consideradas as estratégias de prevenção já existentes nas nações com maior mortalidade.

Com ONU News.

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