CPI do transporte: sindicato é acusado de cometer crimes

CPI do transporte: sindicato é acusado de cometer crimes
Foto: reprodução/TV Cidade/Record TV.

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Transporte Público na Câmara de São Luís nesta terça-feira, 18, o ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão Isaías Castelo Branco disse que há uma combinação criminosa entre empresários do Sindicato das Empresas de Transporte para reajustar tarifas.

Existe combinação sim. Você já ouviu a empresa Primor paralisar operações? Existe acerto. Eles se combinam. Atrasam salários, tíquetes refeição, plano de saúde, tudo, para promover a paralisação”, afirmou Isaías Castelo Branco que participou da sessão da CPI como convidado. O vereador Chico Carvalho conduziu o depoimento de Isaías Castelo Branco, do ex-secretário da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte, Cláudio Ribeiro, e do atual secretário Diego Baluz.

Isaias Castelo Branco presidiu o Sindicato dos Rodoviários entre 2015 e 2020. No depoimento na Câmara para os membros da CPI dos Transportes, ele ressaltou que somente uma auditoria poderia expurgar do sistema as empresas que não têm condições mínimas de se manterem operando.

Isaías Castelo Branco denunciou que não funciona a fiscalização da frota pela SMTT, sendo que na maioria dos ônibus em São Luís os elevadores não funcionam. “Muitas vezes o motorista tem que descer para auxiliar o cadeirante. E isso não é permitido”, esclareceu o sindicalista. Segundo ele, por diversas vezes o sindicato dos rodoviários notificou a SMTT e o Ministério Público do Trabalho sobre a situação caótica do sistema.

Para o sindicalista, a licitação do transporte público em São Luís não passou da regularização daquilo que já existia. “Muitas empresas apenas trocaram o CNPJ. Mas, continuaram com o mesmo CPF”, afirmou. Isaias Castelo Branco citou como exemplos a Ratrans e a Upaon-Açu, que ainda exploram o sistema de transporte público em São Luís.

No entendimento do sindicalista, os trabalhadores do transporte na capital do Maranhão foram massacrados pela licitação que expurgou 800 trabalhadores, sendo que 350 até hoje aguardam por indenização. Isaias Castelo Branco denunciou ainda que durante o período mais grave da pandemia as empresas mantiveram até 400 ônibus nas garagens e que a renovação da frota só acontece na foto.

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