As crianças também têm necessidades emocionais. Se atentar à saúde mental das crianças é importante para garantir que elas tenham um desenvolvimento mais saudável.
“Dentro das necessidades que a gente considera mais relevantes, pontuamos os vínculos com as pessoas. As crianças precisam de estabilidade, aceitação, um lar que promova segurança para elas, além de atender as necessidades físicas de alimentação, moradia, segurança física até. Ela tem uma necessidade tanto física quanto emocional”, explica a psicóloga Ana Carolina H. Ermisdorff.
De acordo com a psicóloga, a criança precisa sentir segurança dentro do lar para que tenha um desenvolvimento emocional satisfatório. Além disso, a criança precisa ter autonomia dentro do ambiente familiar. Ações simples, como permitir que a criança se vista sozinha, já contribuem para que as crianças desenvolvam a autonomia.
“Os responsáveis pela criança devem identificar, dentro das condições da idade dela, quais são as atividades que ela consegue fazer sozinha. Não é deixar que ela faça tudo o que quer na hora que quiser, mas ajudar mesmo a desenvolver autonomia”, afirma Ana Carolina.
Outro ponto de atenção é a espontaneidade, permitir que a criança se expresse. Mas, ao mesmo tempo, a criança precisa ter limites realistas.
“Elas não podem fazer tudo o que querem. É importante que elas tenham limites dentro daquilo que é importante. Às vezes, é necessário dizer não. Estamos em uma sociedade regida por valores, regras. Estamos preparando a criança para situações vindouras. Ela precisa entender que tem limites e vai se frustrar em certas situações, mas isso é importante para a convivência em sociedade”, explica.
Por fim, a psicóloga explica que as crianças precisam ter liberdade para expressar suas necessidades emocionais, as emoções.
“É importante que a criança possa chorar, sentir raiva, tristeza, alegria. Sabemos que as emoções são importantes para as nossas vidas. Não somos seres emocionais à toa. As emoções têm o objetivo de nos proteger das situações. É importante validar as emoções que as crianças sentem, deixar que as sintam. Ao adulto, cabe observar a intensidade dessas emoções”, orienta.