BRASÍLIA – O Maranhão está prestes a sediar um evento histórico que pode consolidar o Brasil no cenário global de lançamentos espaciais. No dia 22 de novembro, às 15h00, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) será o palco do primeiro lançamento de um foguete comercial realizado em território nacional.
A relevância dessa operação, que promete impulsionar investimentos, geração de renda e desenvolvimento tecnológico, foi tema de entrevista exclusiva da equipe do Conexão Brasília, do Jornal da Cidade, com o senador e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
O foguete a ser lançado, o HANBIT-Nano, possui cerca de 22 metros de altura, pesa aproximadamente 20 toneladas e utiliza propulsão híbrida.
Ele transportará uma carga importante de inovação:
- 5 Satélites Educativos: Serão levados ao espaço, incluindo o primeiro satélite de Alcântara, o PION-BR2, da UFMA, que carrega mensagens de estudantes.
- 3 Experimentos de universidades e empresas nacionais e internacionais, como o Nanossatélite Jussara-K, focado em dados ambientais, e os satélites FloripaSat 2 A e 2 B, para testes de novas tecnologias de comunicação.
A operação envolverá mais de 400 profissionais, incluindo militares, civis e técnicos estrangeiros, evidenciando a complexidade e o caráter internacional do projeto.
Alcântara: A Vantagem Estratégica na Linha do Equador
O Senador Marcos Pontes destacou o diferencial geográfico de Alcântara como o principal fator para o sucesso e atratividade do centro.
"A localização de Alcântara é um dos maiores diferenciais do Brasil no setor espacial. Por ficar perto da linha do Equador, os foguetes precisam de menos combustível para chegar à órbita," explicou o senador.
Essa característica reduz custos e aumenta a eficiência dos lançamentos, atraindo empresas do mundo todo. O Senador Pontes traçou um paralelo com outros centros espaciais globais, como o Kennedy Space Center, na Flórida, e a base na Guiana Francesa.
"O Centro [de Lançamento de Alcântara] tem a possibilidade de transformar aquela região nas regiões mais ricas do país," afirmou o parlamentar. "Se a gente pegar 1% do mercado internacional de lançamento de micro e pequenos satélites, conseguimos gerar para o programa espacial cerca de 3 bilhões de dólares por ano."
Com o lançamento do Ambit Nano, Alcântara ingressa definitivamente na rota dos grandes lançamentos comerciais, marcando um passo estratégico para o Brasil no mercado global e abrindo uma nova fronteira de desenvolvimento científico e econômico para o Maranhão.
Mais informações na reportagem de Daniela Brito, para a TV Cidade | RECORD.
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