Internet: 5G no Brasil apenas em 2022, diz ministro

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Foto: Pixabay.

O 5G deve chegar ao Brasil somente 2022. Esta é a estimativa do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. A proposta era de que o leilão para as frequências do 5G acontecessem perto de março deste ano, mas o político acredita que isso não aconteça na data prevista.

O ministro participou de uma rodada de entrevistas para Folha e UOL, no último domingo (12), e explicou o processo. Segundo ele, o entrave está em uma possível interferência de antenas parabólicas para televisão em uma das frequências que podem ser usadas para o 5G.

“Tenho que ter pelo menos uma estratégia de mitigação. Imagino que no fim de 2021 e começo de 2022 comece a ter implementação de um piloto”, disse Pontes. A pasta já projetava atraso desde outubro do ano passado, pelo menos. Vicente Aquino, relator do leilão na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), fez mudanças no processo de licitação, o que atrasou o cronograma. As novas propostas vão exigir mais negociações.

“É preciso ter uma infraestrutura preparada. Há a conversa com as prefeituras para instalação de antenas, porque o 5G exige uma quantidade grande, e a regulamentação é das prefeituras. Queríamos fazer o leilão em março, mas tivemos que segurar”, explicou Pontes.

Entre os pontos que precisam de maior tempo de ajuste para que o leilão saia do papel, estão maior compromisso com cobertura, reserva de espectro para novos participantes no mercado, prazos de outorga, além de venda sequencial dos espectros. Ainda, há uma possível parcela das vendas que pode gerar interferência com sinais de antenas parabólicas, utilizadas principalmente em regiões remotas.

“Existem quatro frequências básicas em torno das quais vai ser feito o leilão para as empresas poderem utilizar. A 3,5 GHz é a frequência básica de 5G em quase todo planeta, e aí a gente tem um probleminha. Existe a possibilidade de haver interferência com antenas parabólicas para televisão. Um estudo inicial não foi conclusivo, então pedi um novo”, disse o ministro.

Fonte: Canaltech; Folha.

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