Nesta quarta-feira (4), o governador Flávio Dino recebeu o vice-almirante Newton Costa, comandante do 4º Distrito Naval para dialogar sobre o plano de ações do navio encalhado a 100 km de São Luís.
“Recebi o comandante que veio relatar todas as ações a fim de prevenir danos ambientais e efetuar a salvatagem do navio encalhado a 100 km de São Luís. Todos os órgãos estaduais estão à disposição para colaborar”, afirmou o governador.
O comandante Newton disse que não há vazamento de óleo até o momento e que todas as empresas envolvidas juntamente com os órgãos federais, estaduais e municipais estão trabalhando para reflutuar o navio com segurança e impedir que qualquer desastre ecológico aconteça.
“Foram contratadas as melhores empresas do mundo em termo de salvatagem do navio e contenção do óleo. Estamos trabalhando incansavelmente para que sejam efetivados os planos de retirada do óleo, retirada do minério e planos de reflutuação do navio para que nenhuma adversidade ocorra”, disse o almirante.
O caso
O navio mercante Stellar Banner, que transporta minério de ferro da empresa Vale, está encalhado, parcialmente submerso na Baía de São Marcos, litoral do Maranhão. O navio tem bandeira das Ilhas Marshall, um país da Oceania.
O navio MV Stella Banner inclinou a cerca de 100 quilômetros do porto de Itaqui, no Maranhão, de onde saiu, nas proximidades da boia nº 1 no canal da Baía de São Marcos. O destino era o porto de Qingdao, na China, onde era esperado para chegar no dia 4 de abril com uma carga de 275 mil toneladas de minério de ferro. O incidente ocorreu no dia 24, por volta das 21h30. O comandante encalhou a embarcação em um banco de areia, a 100 km da costa, como forma de evitar o naufrágio da embarcação. O navio mede 340 metros de comprimento, 55 metros de largura e carrega quase 295 mil toneladas de minério de ferro.
Além disso a embarcação está carregada com 4.000 toneladas de óleo, sendo 3.500 toneladas de óleo residual e 140 toneladas de óleo destilado em seus tanques.
Quatro rebocadores seguiram para o local, onde devem coletar maiores informações do ocorrido e prestar apoio, caso necessário. Além disso, a Vale enviou para o local um rebocador com material para conter possíveis danos ambientais, no caso de haver possibilidade de vazamento da carga. A tripulação do Stellar Banner está a bordo dos rebocadores.
A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do ocorrido. Um representante da Vale, da empresa Ardent Global, e a Autoridade Portuária local se reuniram na manhã desta quarta-feira (26) para discutir a apresentação do Plano de Salvatagem. A Ardent Global foi contratada pela empresa autorizada a fazer o transporte da embarcação.
A avaria na embarcação, construída em 2016, ocorreu já fora do canal de acesso ao porto.
Segundo informações divulgadas pela mineradora, a embarcação é de propriedade e operada pela empresa sul-coreana Polaris. Como operadora portuária, a Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas."
Em nota o Governo do Maranhão informa que está acompanhando o caso e manterá monitoramento e vigilância, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.