A Grande Ilha de São Luís registrou 203 casos de mortes violentas intencionais de janeiro a julho deste ano, sendo 173 homicídios dolosos, 16 latrocínios, 10 por intervenção policial e quatro não esclarecidos. Só em julho, foram registradas 30 dessas mortes.
Os dados são do relatório do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOp-Crim) divulgado pelo Ministério Público do Maranhão.
Ainda de acordo com a pesquisa, o número indica uma redução de 1,9% de casos em comparação com o mesmo período de 2020, quando registraram-se 207 ocorrências.
Os bairros com a maior quantidade de casos são Cidade Olímpica e Coroadinho, ambos com sete mortes; Cidade Operária e Residencial Nova Vida, com cinco em cada um; e Bequimão e Jardim São Cristovão, com três em cada.
As mortes violentas intencionais são uma metodologia utilizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) para a elaboração do Atlas da Violência, que afere os dados sobre mortalidade violenta. Nesse levantamento são contemplados os homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, latrocínios (roubos seguidos de morte), vitimização policial, mortes decorrentes de intervenção policial, lesões com morte posterior e mortes em presídios.
O relatório também oferece informações sobre os municípios em que ocorreram os crimes, o gênero e a faixa etária das vítimas, as armas utilizadas pelos agressores, entre outros itens.
Das 203 mortes violentas intencionais, 154 ocorreram em São Luís, 33 em São José de Ribamar, 12 em Paço do Lumiar, duas na Raposa e duas em locais indefinidos; 189 vítimas foram do sexo masculino e 14 do feminino; 101 vítimas estavam na faixa etária de 20 a 29 anos.
Para o promotor de justiça Marco Aurélio Ramos Fonseca, coordenador do CAOp-Crim, “o acompanhamento dos registros das ações e mortes violentas é importante para se ter uma visão de como estão se deselvovendo essas ações e, a partir disso, termos um instrumento de política criminal, tanto da parte do MP como das forças de segurança, para aturaem no sentido de diminuir ou reprimir essas ações”.
METODOLOGIA
Para aferição dos casos de mortes violentas intencionais, o CAOp-Crim adota como base de dados os registros mensais do Instituto Médico Legal (IML), que são cruzados com os boletins de ocorrência registrados no Sistema Integrado de Gestão do Maranhão (Sigma) da Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Depois de levantar os dados, a equipe do CAOp-Crim atualiza os dados e gera os relatórios que são disponibilizados na página do MPMA.
Informações divulgadas MPMA