Aids: nova vacina não passa nos testes

mãos preparam vacina
Foto: Reprodução/TVCidade/RecordTV.

Há apenas alguns meses, a possibilidade de finalmente termos desenvolvido uma vacina contra o vírus da Aids era uma esperança para muitos, mas os primeiros testes infelizmente não apresentaram os resultados esperados.

De acordo com uma reportagem da BBC, saíram os primeiros resultados de um dos candidatos para uma possível vacina contra o vírus HIV, conduzida pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (NIH) dos Estados Unidos. A vacina foi testada em mais de 5.000 pessoas na África do Sul, sendo desenvolvida para combater especificamente a cepa mais comum do vírus naquela região. Mas os resultados obtidos foram bem piores do que o esperado, com o grupo que recebeu a vacina apresentando uma taxa de infecção com o HIV até maior do que o grupo controle (que recebeu uma substância placebo).

De acordo com os pesquisadores que conduziram os testes, entre aqueles que recebram uma injeção de placebo foram contabilizadas 123 infecções por HIV no total, enquanto aqueles que receberam a vacina real somaram 129 pessoas com infecção confirmada. Assim, como esse resultado prova que a vacina não estava funcionando, o NIH cancelou todos os testes posteriores, e os pesquisadores se dedicarão a entender o que foi que deu errado.

Mas isso não quer dizer que é o “fim da linha” na luta contra a Aids: a vacina do NIH era apenas uma das várias que estavam sendo desenvolvidas ao redor do mundo, e ainda existem diversos possíveis candidatos para cura do HIV, nas mais diversas fases de desenvolvimento, e internacionalmente. Vários especialistas continuam confiantes que teremos uma vacina para a Aids funcionando já nos próximos anos.

Comum na ciência

Esse tipo de falha nos testes é normal durante o desenvolvimento de novos remédios, e o estudo do erro deverá ajudar não apenas o projeto do NIH a melhorar, mas até mesmo os projetos de outros laboratórios, que poderão identificar o que foi que falhou nesse teste, servindo como precedente e trazendo mais conhecimento para os cientistas.

Fonte: Canaltech; BBC.

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