No topo das preferências por três anos consecutivos, o ludovicense vai apostar mais uma vez em roupas e acessórios para presentear no Natal 2022. A Pesquisa de Intenção de Consumo para a data, apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) em São Luís, aponta que 58,7% pretendem agradar com estes itens considerados essenciais no dia a dia. Os brinquedos que também figuram entre os preferidos para agradar no dia 25 de dezembro devem ser a escolha de 39,5%, permanecendo como a segunda principal escolha por dois anos seguidos.
Em 2022, os calçados e bolsas fecham a lista dos três itens mais citados pelos consumidores para presentear com 16,6%, tirando do ranking os artigos de perfumaria e cosméticos, que na pesquisa de 2021 eram a preferência de 22,3% do público. Atualmente na quarta posição com 13,7%, estes produtos podem ter sido desbancados do ‘pódio’ pela alta dos seus preços, uma vez que os itens desta natureza têm encarecido ao longo de 2022 – em média a 13% – em razão do aumento do custo de produção dos artigos de higiene pessoal.
Outro item de primeira necessidade que está mais bem posicionado é a Cesta Natalina, saindo de 5,5% em 2021 para 6,7%, um avanço de +21,8% este ano. Também inclusos nesta lista de itens essenciais estão os artigos de Cama, Mesa e Banho, que aparecem pela primeira vez na pesquisa entre as opções com 5,2% das escolhas e já se posicionam melhor no ranking do que outros itens tradicionais como eletroportáteis (4,3%), celulares (3,5%) e livros (2,3%).
Pela utilidade ofertada na rotina das famílias e por terem variedades com preços acessíveis, os artigos de Cama, Mesa e Banho foram citados, exclusivamente, como escolhas dos consumidores de menor renda, com maior força por aqueles com margem salarial familiar de até 5 salários-mínimos (22%). Já os consumidores com renda familiar entre 5 e 10 salários-mínimos integram esta preferência com 7,7%.
“A pesquisa mostra que as famílias com menor poder aquisitivo têm buscado presentear seus familiares e amigos com itens de necessidade pessoal, observando que este é um momento oportuno para comprar outros objetos que teriam dificuldade em adquirir normalmente no mês. Isto demonstra o nível do consumo represado destas famílias ao longo do ano, que aproveitam uma data comemorativa como o Natal para adquirir produtos fundamentais no uso cotidiano como as toalhas de banho e roupas de cama” avalia o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó.
Para o público com renda superior a 10 salários-mínimos que não informou ter interesse nos artigos de casa acima, suas preferências principais se dividem entre vestuário (88,4%) e perfumes (58,2%). Por outro lado, estes consumidores devem comprar mais fortemente itens de maior valor agregado como Joias e Relógios (30,2%) e Smartphones e Tablets (11,6%).
Estas famílias também têm dado um destaque particular para as Cestas Natalinas (34,9%) como forma de presentear. Isto pode despontar para um aumento do consumo de artigos natalinos mais sofisticados, nas cestas que são adquiridas em empórios ou lojas especializadas, por exemplo.
Motivação para ir às compras
Diante do cenário de alta dos preços, as promoções ainda são o principal motivo que levam os consumidores de São Luís a entrarem nas lojas, com 36,6%. A renda deteriorada em decorrência do processo inflacionário que o país vem passando nos últimos anos faz com que o público veja nas liquidações uma forma de presentear mais pessoas, gastando menos ou aquilo que cabe no seu bolso.
Nesta mesma linha, os preços praticados são o segundo principal motivo a fazer o consumidor ir às compras, sendo apontado por 26% do total de entrevistados. Assim como nas promoções, este fator deve incentivar as pessoas a ficarem de olho nos valores fixados pelo mercado no período natalino, em especial para aqueles itens de desejo neste fim ano.
A qualidade dos produtos aparece como a preferência de 19,8% do público neste ano, um comportamento que é levado em consideração principalmente por quem tem maior margem financeira para presentear mais neste Natal. Empatado com a qualidade dos produtos, a disposição das vitrines também é um forte atrativo que influencia na hora da compra, abarcando a mesma fatia de 19,8%, seguida da variedade de produtos nas lojas que somam 12% das preferências.
Fonte: Fecomércio.