Preço global de alimentos aumentou 2,1% em setembro

Preço global de alimentos aumentou 2,1% em setembro
Foto: Banco Mundial/Maria Fleischmann (via ONU News).

Os custos da comida subiram 2,1% em setembro, se comparados ao mês anterior.  

A informação foi publicada esta quinta-feira no Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO. 

Trigo  

As oleaginosas e os cereais são as categorias que impulsionaram a alta até 97,9 pontos. A medição mensal do custo dos produtos alimentares destaca que o valor de setembro está 5% acima do mesmo período de 2019. 

A Agência da ONU publicou ainda o Índice de Preços de Cereais apontando uma alta de 5,1% em relação a agosto e 13,6% acima do ano anterior.  

Em setembro, o aumento dos valores do trigo com a atividade comercial influenciou os custos globais em meio a preocupações com as perspectivas de produção no Hemisfério Sul. 

A FAO aponta outras razões, como a seca, que afeta a sementeira de trigo de inverno em toda a Europa. Os valores do milho também subiram como foi previsto após a redução da produção na União Europeia e a revisão para baixo da oferta de transporte nos Estados Unidos.

Brasil  

O Brasil é mencionado pela queda de custos na categoria do Índice de Preços do Açúcar em 2,6%. O país tem fortes perspetivas de produção para a próxima temporada cujo impacto será em nível global. Já a Índia teve uma recuperação significativa da produção deste cereal. O índice realça ainda a subida dos valores internacionais do sorgo e da cevada. 

Na categoria das oleaginosas, o aumento do foi de 6%, atingindo uma alta de oito meses. A demanda global ditou as altas nos valores de óleo de palma, da semente de girassol e da soja. 

Quanto ao Índice de Preços de Carne, a queda foi de 0,9% em relação a agosto. Esta descida se deve à decisão da China de proibir as importações de carne de porco da Alemanha depois da descoberta da febre suína africana em javalis. 

Em relação aos laticínios, a FAO destaca que o custo se manteve após aumentos modestos nos valores da manteiga, do queijo e do leite desnatado terem sido compensados por uma queda nas cotações do leite em pó integral.

Cereais  

A agência divulgou ainda as novas previsões para a produção mundial de cereais, destacando que os mercados continuam bem abastecidos. A expetativa teve uma ligeira redução em relação às projeções do mês passado para 2.762 milhões de toneladas para 2020. 

Este total ainda representará um recorde e será cerca de 2,1% maior do que a produção do ano anterior. 

A utilização mundial de cereais na época 2020/21 deve chegar a 2.744 milhões de toneladas. A quantidade é  2% maior que no período anterior. 

Reservas  

A estimativa é que os atuais estoques globais de cereais se situem em 890 milhões de toneladas no final da temporada em 2021, um recorde impulsionado pelas crescentes reservas de trigo na China.  

O comércio global de cereais também deve atingir um recorde histórico de 448 milhões de toneladas em 2020/21. Esse aumento corresponde a 2,4% em relação ao ano anterior e é maior que a previsão feita pela FAO em setembro. 

Fonte: ONU News.

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