A retirada das 3 mil toneladas de óleo que abastece o navio encalhado no Maranhão deve começar nesta quinta-feira, dia 12. A informação é da Marinha, que coordena o plano de retirada do combustível e da carga da embarcação Stella Banner, encalhada no litoral do estado há pouco mais de duas semanas.
Segundo a Marinha, o plano de remoção do óleo foi aprovado na reunião dessa segunda-feira e, devido às condições meteorológicas, incluindo a situação da maré, a data do início das ações foi definida para esta quinta.
A corporação informou, ainda, que a situação está sob controle e o sobrevoo realizado na região não apontou manchas no mar, que poderiam indicar vazamento de óleo na água. Também não foi registrada nenhuma movimentação na inclinação do navio, que continua encalhado a 100 quilômetros da costa do estado.
Já o plano que prevê o desencalhe e a retirada das quase 300 mil toneladas de minério de ferro, que seria levado à China, está em processo de finalização. Só depois, o pano deve ser analisado pela Marinha.
O Stella Banner foi fabricado em 2016, e mede 340 metros de comprimento e 55 de largura. Ao todo, mais de 200 militares participam das ações de monitoramento, com ajuda de dois navios, um helicóptero e quatro embarcações da Capitania dos Portos.
O caso
O navio mercante Stellar Banner, que transporta minério de ferro da empresa Vale, está encalhado, parcialmente submerso na Baía de São Marcos, litoral do Maranhão. O navio tem bandeira das Ilhas Marshall, um país da Oceania.
O navio MV Stella Banner inclinou a cerca de 100 quilômetros do porto de Itaqui, no Maranhão, de onde saiu, nas proximidades da boia nº 1 no canal da Baía de São Marcos. O destino era o porto de Qingdao, na China, onde era esperado para chegar no dia 4 de abril com uma carga de 275 mil toneladas de minério de ferro. O incidente ocorreu no dia 24, por volta das 21h30. O comandante encalhou a embarcação em um banco de areia, a 100 km da costa, como forma de evitar o naufrágio da embarcação. O navio mede 340 metros de comprimento, 55 metros de largura e carrega quase 295 mil toneladas de minério de ferro.
Além disso a embarcação está carregada com 4.000 toneladas de óleo, sendo 3.500 toneladas de óleo residual e 140 toneladas de óleo destilado em seus tanques.
Quatro rebocadores seguiram para o local, onde devem coletar maiores informações do ocorrido e prestar apoio, caso necessário. Além disso, a Vale enviou para o local um rebocador com material para conter possíveis danos ambientais, no caso de haver possibilidade de vazamento da carga. A tripulação do Stellar Banner está a bordo dos rebocadores.
A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do ocorrido. Um representante da Vale, da empresa Ardent Global, e a Autoridade Portuária local se reuniram na manhã desta quarta-feira (26) para discutir a apresentação do Plano de Salvatagem. A Ardent Global foi contratada pela empresa autorizada a fazer o transporte da embarcação.
A avaria na embarcação, construída em 2016, ocorreu já fora do canal de acesso ao porto.
Segundo informações divulgadas pela mineradora, a embarcação é de propriedade e operada pela empresa sul-coreana Polaris. Como operadora portuária, a Vale está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas."
Em nota o Governo do Maranhão informa que está acompanhando o caso e manterá monitoramento e vigilância, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.