A chegada do período chuvoso e a presença do clima quente e úmido, aumenta a proliferação de vetores causadores de doenças e consequentemente a incidência de enfermidades, como é o caso da febre Oropouche, que é uma arbovirose causada pela picada do mosquito maruim.
O Ministério da Saúde monitora o cenário epidemiológico do Oropouche em todo o Brasil. Em 2024, foram confirmados 13.782 casos no país e em 2025 já são mais de 2.790 casos. Em contrapartida, o Maranhão ainda não teve nenhuma ocorrência da doença em 2025.
Os sintomas da doença são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.
A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto Culicoides paraensis (mais popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora).
Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
Mais informações na reportagem de Marvio Araujo, para a TV Cidade | RECORD.
Assista abaixo:
Confira respostas e dúvidas mais recorrentes e saiba como se prevenir
1. Como o vírus Oropouche é transmitido?
A transmissão do vírus é vetorial, feita principalmente pelo inseto Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o inseto pode transmitir o vírus para uma pessoa suscetível.
2. O vírus pode ser transmitido de pessoa para pessoa?
Não. A transmissão é feita pela picada do inseto infectado.
3. Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas são parecidos com os da dengue e de outras arboviroses: febre de início súbito, cefaleia prolongada e intensa (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Casos com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) e acometimento do sistema nervoso (ex., meningite asséptica, meningoencefalite, disautonomia) podem ocorrer. Nesse sentido, é importante que a vigilância em saúde seja capaz de identificar casos dessas doenças por meio da investigação dos aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, e orientar as ações de prevenção e controle.
4. Qual é o tempo de duração dos sintomas?
Os primeiros sintomas aparecem entre 3 e 8 dias após a picada do inseto. Os sintomas duram de 2 a 7 dias, e o vírus permanece no sangue da pessoa infectada por 2 a 5 dias após o início dos primeiros sintomas. Parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com a manifestação de sintomas após 1 a 2 semanas a partir das manifestações iniciais.
5. O que fazer se tiver suspeita de Oropouche?
Os sintomas de Oropouche podem ser confundidos com os de outras arboviroses e doenças febris agudas. Por isso, no início dos sintomas, procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima. É importante permanecer em repouso, com acompanhamento médico e tratamento dos sintomas.
6. Há tratamento para o Oropouche?
Não há tratamento específico disponível. Os medicamentos prescritos podem auxiliar no alívio dos sintomas, como analgésicos para as dores e antitérmicos para controlar a febre, mas não atuam na causa da doença. Ao iniciar os sintomas, o paciente deve procurar imediatamente um serviço médico disponível no SUS.
7. Qual remédio posso tomar para tratar a doença?
Não se automedique. Em caso de sintomas, procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima de sua residência.
8. Existe vacina contra o Oropouche?
Até o momento, não há vacina disponível.
9. Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do Oropouche é feito por avaliação clínica (sinais e sintomas compatíveis com a doença), laboratorial (resultado positivo para Oropouche) e epidemiológica (ocorrência de outros casos no mesmo local ou histórico de deslocamento do paciente para local com outros casos já identificados).
*Com informações do Ministério da Saúde.
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