Parceria: Vale e Ufma se unem para restaurar Palácio das Lágrimas

Parceria: Vale e Ufma se unem para restaurar Palácio das Lágrimas
Fonte: reprodução

A Vale vai financiar parte das obras de restauração do Palácio das Lágrimas que serão retomadas ainda este ano. O prédio vai sediar o curso de música da Universidade Federal do Maranhão, UFMA. O anúncio da retomada das obras do prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi feito pelo reitor Natalino Salgado durante solenidade de lançamento do projeto LabCim.

O projeto de revitalização do prédio estava incluído no pacote do PAC Cidades Históricas do Governo Federal, lançado em 2007 sob coordenação do Ministério do Planejamento. O elenco das obras previstas para obras de restauração, requalificação e implantação incluía ao menos 40 logradouros e edificações. Duas das dez obras concluídas dentro da programação do Cidades Históricas pertencem à Ufma: Palácio Cristo Rei e o Sobrado do Fórum Universitário.

O reitor Natalino Sagado não detalhou sobre a retomada das obras. Desde 2020, quando Iphan e Ufma catalogaram peças históricas da antiga Faculdade de Farmpacia e Odontologia, que funcionou no prédio até a década de 1980, as obras foram completamente paralisadas.

O Palácio das Lágrimas pertence ao patrimônio da Universidade Federal do Maranhão. Pelo acordo firmado entre os órgãos, o IPHAN ficará responsável por toda a elaboração, fachada e restauração. Já a UFMA atuará na parte da estrutura e levantamento do telhado.

Lenda

O prédio foi construído no início do século XIX e foi demolido no final do mesmo século, dando lugar às instalações do instituto de ensino superior idealizado pelo poeta Sousândrade No local funcionou a Escola Modelo Benedito Leite antes de abrigar a Faculdade de Farmácia e Odontologia.

Segundo o historiador Mário Meireles a denominação Palácio das Lágrimas foi porque ali morava um homem de boas posses, e que mantinha no terceiro andar daquele prédio um harém formado por suas jovens escravas. Uma  delas sua preferida por quem um escravo se apaixonara que tramou um crime terrível, envenenando os dois filhos do senhor e escondendo o vidro com restos do veneno nos pertences da bela escrava. Acusada de homicídio ela foi condenada à morte por enforcamento.

No trajeto para o cadafalso, montado na esquina da Rua da Paz, chorava muito molhando os degraus da escada do sobrado. Segundo esta lenda que, desde então, todas as manhãs, os degraus amanhecem molhados.

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