O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), dará início, nesta quinta-feira (23), à Campanha Janeiro Roxo, no auditório da UNDB, no bairro Renascença, em São Luís (MA). A campanha deste ano, “De janeiro a janeiro: prevenção o ano inteiro”, tem o objetivo de chamar a atenção para o diagnóstico precoce da hanseníase, orientando a população sobre o tratamento completo disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo, ainda, a busca ativa de novos casos e o enfrentamento dos estigmas associados à doença.
Durante a solenidade de abertura da campanha, o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, fará o lançamento do Painel Digital de Indicadores Estratégicos da Hanseníase do Maranhão. Na ocasião, será apresentada a experiência exitosa da cartilha de Alimentos e Plantas Medicinais para pessoas em tratamento da hanseníase.
A abertura da campanha ocorrerá durante o Seminário Estadual “Conexões pela saúde: Maranhão na luta contra a hanseníase de janeiro a janeiro”. O evento contará, ainda, com a participação do coordenador geral de Vigilância da Hanseníase e Doenças em Eliminação, do Ministério da Saúde, Ciro Maztins Gomes.
Os participantes discutirão cinco eixos: “Hanseníase em Perspectiva: Integração das ações para a eliminação”; “Prevenção em destaque: a Trilha do Maranhão para a Detecção Precoce da Hansenías”; “Estratégias em foco: Vigilância e Monitoramento da Hanseníase”; “Transformando Desafios em Soluções: acessibilidade e tecnologias favorecendo no tratamento de pessoas acometidas pela hanseníase”, e “Cuidado sem Fronteiras: Descentralização e seu Impacto Regional”.
Campanha
A campanha, “De janeiro a janeiro: prevenção o ano inteiro”, se estenderá até 31 deste mês. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN MA), em 2023, o Maranhão apresentou uma taxa de detecção de 44, 8 casos por 100 mil habitantes na população geral e de 9,4 casos por 100 mil habitantes na população menor de 15 anos.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica e transmissível, que afeta a pele, os nervos periféricos, os olhos e a mucosa nasal. A transmissão ocorre por gotículas provenientes do nariz e da boca durante o contato próximo e frequente com casos não tratados. É mais prevalente em populações que vivem em condições de vulnerabilidade social, e o tratamento nas fases iniciais da doença pode prevenir incapacidades físicas.