A equipe de especialistas internacionais chefiada pela Organização Mundial da Saúde, OMS, que investiga as origens da Covid-19 terminou esta quinta-feira a sua missão à China.
Falando a jornalistas em Wuhan, o chefe da missão, Peter Ben Embarek, descartou a teoria de que o vírus veio de um laboratório nesta cidade, onde os primeiros casos foram detectados.
Origens
Embarek afirmou que essa hipótese é "extremamente improvável”, mas mais trabalho é necessário para identificar a origem do vírus.
Até esta terça-feira, a Covid-19 já infetou mais de 106 milhões de pessoas em todo o mundo. Mais de 2,3 milhões de pessoas perderam a vida.
Durante a visita de 12 dias, os especialistas visitaram o Instituto de Virologia de Wuhan e o mercado de Huanan, que vende peixe, carne e animais selvagens vivos e esteve relacionado com alguns dos primeiros casos em humanos.
Segundo o especialista da OMS, “todo o trabalho que foi feito tentando identificar a origem do vírus continua apontando para uma reserva natural.”
Embarek disse que morcegos e pangolins são uma possibilidade, mas é improvável que a passagem para humanos tenha acontecido em Wuhan. Os especialistas ainda não sabem como a passagem para humanos aconteceu.
Segundo o especialista, “o caminho do vírus desde o animal, qualquer que seja a espécie, até ao mercado de Huanan pode ter sido muito longo, complicado e envolvendo movimentos através de fronteiras.”
Início
Dados iniciais sugerem a existência de casos semanas antes de serem identificados em Wuhan em dezembro de 2019. Não existem, no entanto, dados que comprovem uma disseminação alargada antes dessa data.
A chefe do painel da Covid-19 na Comissão Nacional de Saúde da China e líder chinesa na equipe internacional, Liang Wannian, disse que os dados "indicam a possibilidade de circulação em regiões onde não foi detectada."
Antes do início da missão, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que “a evidência científica recolhida conduzirá a hipóteses, que serão a base para estudos adicionais de longo prazo."
Segundo ele, este trabalho "é importante não apenas para a Covid-19, mas para o futuro da segurança da saúde global” no gerenciamento de doenças emergentes com potencial pandêmico.
Fonte: ONU News.